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COMENTÁRIOS
Quinta-feira,
17/1/2002
Comentários
Leitores
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Só para constar
Este é o tipo de leitor pelo qual me interesso. Aquele que, não tendo o que dizer, mas espumando de raiva diante daquilo com o que não concorda porque simplesmente não entende, tenta desqualificar o autor. É coisa mais do que comum — e perdoável. (Hoje estou todo tolerante, como vêem). O Sr. Gurgel me sugere que leia um livro teórico. Não lerei tão obra-prima, porque tenho uma pilha de coisas mais interessantes para degustar até os noventa. Quem depois disso, se a senilidade não me acometer de vez, eu leia o russo chato em questão. Um último dado, que convém: cerca de 15% da população brasileira é analfabeta; do restante, cerca de 70% é analfabeta funcional, ou seja, não compreende um texto simples. Só para constar.
[Sobre "Alice no País de Freud, Marx ou Hegel"]
por
Paulo
17/1/2002 às
10h02
200.195.206.4
(+) Paulo no Digestivo...
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Desconhecimento de causa
Sugiro que articulista, antes de enveredar pelos tortuosos caminhos da metacrítica literária, leia os clássicos textos de Mikhail Bakhtin sobre polifonia discursiva.
[Sobre "Alice no País de Freud, Marx ou Hegel"]
por
André Amaral Gurgel
16/1/2002 às
22h54
200.182.237.50
(+) André Amaral Gurgel no Digestivo...
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Ovo Fabergé
Caro Fabio: pode até ser que alguns economistas sejam tão bem intencionados (não duvido, realmente)- mas, fora o objetivo do trabalho deles, é preciso um certo amor pelo assunto em si, não é? E é isso que eu não entendo. Só de pensar nisso, sinto calafrios...Quanto à falta de necessidade que os escritores têm de escrever bem- discordo violentamente (amigavelmente, mas violentamente) de você. Um livro é um objeto, não opiniões. Um livro deveria também, e principalmente, ser encarado como desáine (para não dizer design). Um livro é um ovo Fabergé- o interessante é ver como esta camada se encaixa nesta outra, como este padrão se repete na parte de baixo, como a filigrana da parte de cima continua, quando se abre o ovo, no casco do navio de guerra...Não interessa muito se Fabergé era de esquerda, de direita, se era burro, mentecapto...Saramago é um artista (basta ter ouvidos); que se rebaixe a ter opiniões, é problema dele...
Quanto a Laclos- que coincidência! Este ano se comemora (se é que essa é a palavra) 222 anos desde que Valmont seduziu a Presidenta de Tourvel. Vou esperar pelo seu texto pra saber o que é que você acha do livro.
Um abraço.
[Sobre "Economistas"]
por
Alexandre S. Silva
16/1/2002 às
16h10
200.205.157.155
(+) Alexandre S. Silva no Digestivo...
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Pé no pau do Pé Grande
Pô! Esses caras nem bem acenam de lado, entram logo de cara na roda de capoeira... Quantas vezes eu vou ter que repetir: o samba não se aprende na escola. Por essas e por outras que nêgo metia o pé no Pé Grande.
[Sobre "Lanternas de papel"]
por
Lima
16/1/2002 às
13h18
200.179.78.2
(+) Lima no Digestivo...
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economia-saramago-laclos
Caro Alexandre Soares, que agora virou também Silva. Você comete uma terrível injustiça com os economistas. Primeiro, como disse o Simonsen, nenhum bom economista é apenas um bom econmista. Segundo, eles, os economistas, vêm conseguindo aquilo em que todos os filósofos fracassaram: melhorar a vida das pessoas. Não seria lindo um mundo sem miséria? Pois é pra lá é que está apontado o timão da economia.
O problema do Saramago é que ele é burro demais. Escritor não pode ser burro. Ele até pode escrever bem, contar direito uma história. Mas isso são coisas secundárias para um escritor verdadeiro. Quem tem que escrever bem é jornalista e quem conta história é contador de história.
Também estou lendo o livro do Laclos. Pretendo (ou pretendia) escrever uma coluna a respeito. Eles realmente são admiravelmente horríveis.
Parabéns pelo texto. Um abraço cordial.
[Sobre "Economistas"]
por
Fabio
16/1/2002 às
10h19
200.183.94.214
(+) Fabio no Digestivo...
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princípio ativo
puxa rafael vc está mal e mau mesmo!
seu irmão tem nome?
[Sobre "Princípio ativo"]
por
maria lucia puty
15/1/2002 às
18h08
200.225.63.220
(+) maria lucia puty no Digestivo...
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Sapato-grande
Depois que os "pé-grande" se espalharam por centros urbanos como Rio e São Paulo, envergonhados de andarem descalços, começaram a comprar sapatos. Foi aí que surgiu o que chamamos de "sapatão". Como vocês podem notar, o lesbianismo não passa de uma invenção dos Dayaks de Bornéu do B.
[Sobre "Lanternas de papel"]
por
Fabio
15/1/2002 às
13h58
200.183.94.214
(+) Fabio no Digestivo...
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A influência do Pé Grande
Agora sim. Acho que os chineses ainda são nômades, e fundam tribos por onde quer que passem, se alimentando nos restaurantes à quilo orientais e vendendo aquelas canetinhas com laser, o que de imediato os alinha aos almas da Mongólia na capacidade de chatear os outros.
Acho ainda que os músicos de mambo do Bailão da saudade poderiam ter sido mais tolerantes com o Pé Grande, assim evitariam sua disseminação pelo Butantã, aí em Sampa, ou em Santa Teresa, aqui no Rio -- e a consequente ruína dos chineses vendedores de tesourinhas de unha e de cabelo. Opa! É uma tese que se anuncia: o medo de gente que o Abominável passou a ter foi a causa do regresso dos chineses ao nomadismo. Por essa nem o Hobsbawn esperava!
[Sobre "Lanternas de papel"]
por
Lima
15/1/2002 às
13h48
200.179.78.2
(+) Lima no Digestivo...
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to be continue...
Apenas venho acrescentar, já que acima os comentários ja citam a qualidade não somente do texto mas como do digestivo em geral, que possuem uma qualidade na qual muitos jornais devem adotar, assim acabando com os esquemas burocráticos.
[Sobre "balanço, mas não caio"]
por
Raphael Boaventura
15/1/2002 às
11h36
200.221.28.204
(+) Raphael Boaventura no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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