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Terça-feira,
10/5/2005
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uma bunda em close...
Acredito que o cinema hoje em dia tem sido interpretado pelas pessoas da mesma forma como elas interpretam a TV cotidiana. As pessoas avaliam se um filme é bom (ou não) através da quantidade de cenas banais ofertadas: um tiro certeiro, uma bunda em close... e é só! As pessoas estão perdendo a paciência e a capacidade de refletir sobre cenas mais bem trabalhadas do que somente isso. Não têm "paciência" pra assistir uma boa produção ("Má educação", de Pedro Almodóvar, por exemplo), um filme introspectivo ("Moça do Brinco de Pérola", de Peter Webber, outro magnífico exemplo). Essa falta de paciência e sensibilidade esbarra no maior problema do mundo atual: a velocidade de informação! Cabe a nós, sensíveis pelo mundo das artes, despertar, ao menos em nosso meio, a curiosidade da descoberta por esse mundo onde o tempo está a nosso favor, onde um minuto pode até definir a vida de um personagem, mas venha cá, isso acontece de forma tão bem programada que esse um minuto se torna uma eternidade... e a impaciência, se quiser, por favor, que assente ao nosso lado e espere passar um desse eterno minuto por que o filme ainda está no "ar"... Marcelo, parabéns por continuar nos incitando a curiosidade pela sétima arte. E aos outros, paciência!
[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]
por
Maurícia M. Cocate
10/5/2005 às
10h36
200.165.22.91
(+) Maurícia M. Cocate no Digestivo...
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Que maravilha!
É um prazer enorme poder ter lido um texto tão bem estruturado com este. Na atual conjuntura, poder ter esse tipo de prazer, ao falarmos de cultura e, principalmente de cinema, é raro. Raro, porque cada vez mais pessoas falam e escrevem o que querem, sem embasamento ou certeza alguma. E você, caro Marcelo, como sempre, nos dá o prazer de ótimos textos, recheados de críticas e sensibilidades ímpares. Mais uma vez, parabéns! Sucesso! E que possamos ter o prazer de suas colunas espalhando-se pelo mundo, talvez aculturado e carente de colunistas competentes como você.
[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]
por
Carol Piva
10/5/2005 às
08h38
200.131.18.22
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inveja é o elogio que azedou
Parece-me haver um certo prazer em críticas que tendem ao menosprezo. Acredito que esse tipo de crítica baseia-se em inveja mal contida cuja tradução que muito me agrada é a seguinte: inveja é o elogio que azedou. Espinafrar o Código da Vinci só pode ser mesmo por pura inveja e por não ser capaz de produzir uma obra de tanto sucesso. O que lhes resta? Espinafrar!
O livro pode não ser perfeito e conter alguns pecadinhos que não alteram o prazer de o ler. Quanto ao Papa Bento XVI ser tachado de nazista, acho ridículo visto que na época em que foi obrigado a se alistar mal sabia o que significava o nazismo, aliás, como a maioria dos adolescentes que ingressaram nas fileiras da Juventude Hiltlerista. Causa desconfiança, sim, o silêncio do Papa Pio XII, se não me engano, chamado Papa de Hitler. Esse, sim, omitiu-se e preferiu não tomar partido ainda que estivesse bem informado do que acontecia nos famigerados campos de concentração nazistas. Apesar de não ser católica, torço para que o novo Papa seja menos conservador do que o anterior mas tenha tanto carisma quanto o outro, para o bem dos católicos e para que não se sintam tão culpados ao trangredir determinadas proibições sem cabimento na atual conjuntura. Espero e desejo que o Papa Bento XVI volte-se, inteiramente, a uma luta em favor da paz no mundo e continue o belo trabalho de seu antecessor buscando o entendimento entre as várias religiões que brigam e se matam em nome de Deus. abçs, gina
[Sobre "O primeiro código de Brown"]
por
Regina Mas
10/5/2005 à
00h57
200.179.216.220
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Aos sabichões
Marcelo, é verdade que tem aqueles que não entendem nada e querem opinar com toda a sabedoria do mundo. Deve-se ter paciência com eles, porque quase todo mundo faz isso e não percebe o trabalho que o crítico tem para se tornar conhecedor de toda uma história para lhe dar uma melhor base ao analisar os filmes. A obra, depois que é feita, passa a ser de quem a assiste, não acha?
[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]
por
Flávia Medeiros
10/5/2005 à
00h19
200.97.188.147
(+) Flávia Medeiros no Digestivo...
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Anos Incriveis
Parabenizo este excelente colunista por esta maravilhosa matéria sobre a série Anos Incriveis, e digo que compartilho de sua admiração, sem mais.
[Sobre "Anos Incríveis"]
por
Rafael De oliveira
9/5/2005 às
21h00
201.7.32.157
(+) Rafael De oliveira no Digestivo...
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Reencarnação é ruim mesmo...
Complementando: não sei se "Reencarnação" é o pior filme que vi. É um dos três ou quatro piores... Talvez o título nacional esconda a verdade: o roteirista deste filme deve ser o próprio Edward Wood Jr. reencarnado!
[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]
por
Joaquim Azevedo
9/5/2005 às
10h38
200.148.204.12
(+) Joaquim Azevedo no Digestivo...
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salseiro brasil
Calma, seu Giron, bater na xenofobia que assolou a música brasileira é chutar cachorro morto, negócio já está tão bem guardadinho que ninguém sabe, ninguém viu onde e em quais paradas anda a tal música popular brasileira, reserva de mercado dá nisso, a bagaça tá tão dramatica que já existe até sambista xenófobo implementando um upgrade ligeiro para a salsa, é mais uma tentativa desesperada de arribar para si os trocos da manezada, não é só música, não, outro negócio que está em baixa são os livros de dialeto africano, não estão vendendo nadinha, sabia?
[Sobre "A balela do Nacionalismo musical"]
por
VValdemar Pavan
5/5/2005 às
21h12
200.148.79.128
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Continuando...
A mão do artista que pinta está hoje mais evidente do que nunca, e ela fala ao olhar contemporãneo, sem nostalgias, mas também sem abrir mão da criação da imagem pictórica nem de suas qualidades representativa. Ela está até mais popular (sob a forma de arte mural urbana -- os grafites). Ela se imiscui nos meios digitais (e o pincelzinho maravilhoso do photoshop, a variedade de cores e texturas que ele proprociona?). Pra mim tudo isso é pintura. é isso, novo abraço. Paula
[Sobre "Saudades da pintura"]
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Paula Mastroberti
5/5/2005 às
06h54
200.198.132.179
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erudição
Interessante, Ana Elisa, você ter escrito sobre letramento sem citar a erudição, um termo em desuso hoje. Após mais de uma década lidando com TI, percebi que minha formação humanística era praticamente nula e, hoje, estou finalizando minha graduação em Filosofia. Por que estou te contando isso? Porque, com o passar do tempo, a verticalização do conhecimento nos deixa com uma sensação de vazio existencial. É a hora em que buscamos entender nossas relações humanas e, principalmente, descobrir quem somos. Na Idade Moderna, havia o Studia Humanitatis, hoje não temos algo parecido na grade curricular de nosso ensino. Erudição, letramento, talvez fique difícil em meio à luta pela sobrevivência diária, que nos consome, mas ainda é um objetivo fascinante. Ah, antes que me esqueça, os ícones da área de trabalho foram criados como interface gráfica, intuitiva, facilitadora, não tendo absolutamente nenhuma ligação com o analfabetismo.
[Sobre "Pessoas digitais"]
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Marcelo Zanzotti
4/5/2005 às
13h56
200.206.72.162
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só mais uma coisinha
Por fim, continuando, após ser interrompida pelas tarefas próprias da minha vidinha prosaica de mãe: é preciso diagnosticar do que exatamente sentimos saudades. De uma arte que se realiza em espaço bidimensional? Das cores? Da pintura como técnica artística manual ou artesanal? Da pintura como janela? Deixo estas questões em aberto, mas levanto a seguinte proposição: todas esses aspectos são e continuam sendo tratados em arte contemporãnea. As abordagens mudam, é verdade, mas estamos falando de nossa época, e não da de nossos antepassados. Querer repetir temáticas e experiências anteriores não justificariam o ato de criação. Um olhar e uma atitude inovadores, é isso que justifica e propõe a nova pintura contemporânea. Que continua sendo feita de texturas, cores e formas, sim, ainda que os suportes e as técnicas não sejam os mesmos. Outro abraço, com desculpas pela prolixidade
Paula
[Sobre "Saudades da pintura"]
por
Paula Mastroberti
4/5/2005 às
11h47
200.198.132.214
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Julio Daio Borges
Editor
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