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COMENTÁRIOS
Terça-feira,
7/12/2004
Comentários
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não serei um canalha
Andréa, quando penso em Germinal (que não li, mas confio na sua sinopse), na Cidade de Deus e na forma como a vida daquela gente foi explorada, eu fico um tanto triste com os rumos artísticos e culturais. Eu, como um autor de poesia, tenho às vezes algum drama ao pensar que se não for cuidadoso, ao tratar de certos temas, vou acabar agindo como um vampiro. Mesmo que a vida dessas pessoas, sabendo da minha existência e da minha hipotética apropriação do seu cotidiano ou não, jamais se altere.
Bom, apenas cabe tentar sempre dormir bem, e se não posso ser o benfeitor dos oprimidos, também não serei um canalha. Pois se o sonho não acabou, deve ter mudado de alguma forma que ainda não reconheço, perdido entre os vários mundos... será um pesadelo? Bom, o jovem Alessandro partirá, para cuidar de seus 72 papagaios gritando ininterruptamente "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante" e "nos deram espelhos e vimos um mundo doente". Boa noite, moça!
[Sobre "Um conselho: não leia Germinal"]
por
Alessandro de Paula
7/12/2004 à
01h36
200.226.185.177
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Pior só o João Kleber
Realmente, o Jô ja foi melhor e o que me constrange é a sua "pontointeligência"... Preferia que fosse mais autêntico. Que ele fala demais, é fato e nao deixa o entrevistado se expressar. Mas muito pior é o programa do João Kleber... Daí decorre que o Jô até que merece um pouco de atenção. Como não tem coisa parecida naquele horário, o jeito é aguentar o homem...
[Sobre "Anti-Jô Soares"]
por
Janos Kodak
6/12/2004 às
23h46
200.181.191.99
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Não sou poeta
Não sou poeta. Raramente leio poesia. Li os comentários sobre Gullar porque é um autor que atrai minha atenção. As figuras de linguagem que encontrei no texto de Annita despertaram mais a vontade de ler Gullar. Parecem compreendê-lo de dentro para fora e convidam, fortemente, à leitura do autor.
[Sobre "Nas vertigens de Gullar"]
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Maria Regina Maluf
6/12/2004 às
23h06
200.162.203.40
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um problema mais geral
Prezado Julio Daio Borges: Você fala de jornalistas. Mas esse é um problema muito mais geral. Eu, por exemplo, sou engenheiro. E você acha que não tenho conflitos e dilemas parecidos com esses que você aponta a respeito de você e dos jornalistas em geral? Entretanto, a maior acusação que me ocorre fazer ao jornalismo dessa "mídia" insensível - como você diz - não é que ela é impessoal. É que ela é parcial. Ou seja: pessoal demais. Você pode achar que a ciência é impessoal. Mas isso é exatamente o que reza o dogma, a doutrina da objetividade. E isso não é a realidade, é só o que se quer que a sociedade pense, ou até o que se acredita que se está fazendo. O engenheiro pau-mandado, aquele peão de nível superior ou até doutorado, é treinado para resolver problemas. Não para ter primeiro um espírito crítico e uma reflexão e posicionamento éticos. Não para discutir questões éticas. E não necessariamente ele é tão bem pago assim por isso. Ou seja: para resolver problemas, para achar soluções, e não para questionar problemas, ir atrás da origem dos problemas e buscar outra definição dos problemas que interessa resolver. (...) Você pode achar e dizer que isso é "uma hipótese quase impossível": isto é, ter rendimentos fazendo-se algo de que gostamos, em que nos sentimos realizados, que está em concordância com nossa ética. Pois acho que isso é uma luta que devemos lutar - eu ao menos me considero dentro dela. Aos poucos, vejo que vou procurando e também achando os ambientes e as pessoas que me apóiam, que estão abertos e dos quais também posso aprender. E vejo outras pessoas fazendo o mesmo. Se uma iniciativa pessoal dessas não muda o status quo de servilidade da mídia ou da tecnologia aos interesses de uma minoria, pelo menos muda em pequena escala. Esse é o primeiro passo necessário - e não uma limitação pura e simples. O exemplo e a vontade de tornar comum, de compartilhar, têm efeito lento mas são poderosos. Boa sorte a você - em sua luta!
[Sobre "Nós — os jornalistas de alma vendida"]
por
Manfred Molz
5/12/2004 às
23h38
150.162.29.10
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parabéns, continue assim...
Após ler esse texto, podería tecer os mais elaborados elogios; porém, fico constrangido ao fazê-lo por tratar-se de minha filha. Para ser sucinto, digo apenas parabéns, continue assim...
[Sobre "Minhas hipóteses sobre a evolução humana"]
por
Milton M.D. Costa
5/12/2004 às
10h05
200.225.153.102
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Algo mais constrangedor?
"Fala alto, Alex... FALA ALTO ... To mandando falar ALTO..." Existe algo mais constrangedor do que isso? Só se iguala a mandar um dos músicos calar a boca. Aí, eu mudo para a TV Cultura... E assisto a uma aula de alemão até dormir...
[Sobre "Anti-Jô Soares"]
por
Luiz Albert Canelada
4/12/2004 às
11h28
192.168.133.51
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como whisky novo
amigo novo é como whisky novo. melhor é não beber e esperar envelhecer. beijo.
[Sobre "A ponte para as formigas"]
por
michelle m pinto
4/12/2004 às
02h22
200.250.214.54
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país do metalúrgico-presidente
É, Ana, vivemos num país de iletrados. E se formos esperar que desses jovens saia alguma coisa que se aproxime de um leitor ao menos razoável, é esperarmos que da pedra se extraia leite. Em casa mesmo tenho mais do que exemplo disso; tenho já uma semi-urticária de tanto instigá-los a ler. Possuo uma respeitável biblioteca onde paulos coelhos, sidney sheldons, harold robbins e afins passam longe e mesmo assim (ou será por isso mesmo) não desperta o mínimo interesse em nenhum deles. Tudo bem, devo ter exagerado na dose em algum momento. Agora tenho que concordar que a Bravo e a Cult, se não chegam aos pés da Vanity Fair, pelo menos posso afirmar que são exemplos mais do que concretos do melhor que nossas letras produzem neste país do metalúrgico-presidente. Mas, voltando à questão do jovem e seu mais que aparente desinteresse literário, lembro em que noutro artigo seu comentando sobre música já havia a menção do desapego da juventude pelos discos como obra de um artista. Há a clara preferência por um disquinho de mp3 onde acomodaria-se ali somente as preferidas em detrimento da indústria fonográfica e do próprio artista enquanto produtor cultural. É a questão do menos é mais.
[Sobre "Uma revista de cultura no Brasil"]
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Pepê Mattos
2/12/2004 às
04h17
200.181.8.6
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Pensando nas drogas
Cada um tem das suas... Eu mesmo sou viciado em muitas coisas mais aceitas pela sociedade, e so agora comecei a reparar. Acho que temos todos alguma tendencia para isso, para se agarrar a algum barco... Nao sei. Engracado, as formigas podem ser todos nos... Loucura, ne? :) Que o menino me ilumine tb.
[Sobre "A ponte para as formigas"]
por
Ram
1/12/2004 às
22h46
129.34.20.19
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A contemplação e a conformção
Caros Víktor e José, como as cidades despertam visões e emoções diferentes na gente... Mas podem ter certeza: a Curitiba que o José descreve caminha a passos largos para o caos. Assim como o Víktor, também já está dando vontade de atropelar os responsáveis. Pena que eles não estão na rua na hora do rush. Abraços e obrigada pelos comentários.
[Sobre "Uma janela aberta para o belo"]
por
Adriana
1/12/2004 às
21h04
200.160.21.46
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Julio Daio Borges
Editor
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