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Sexta-feira,
4/10/2002
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Resposta ao Cláudio Spiquel
Você toca no ponto certo quando fala que os liberais foram massacrados no regime militar e passaram a ser vistos como coniventes com os mesmos. É certo que o Roberto Campos e o Bulhões assessoraram o Castello, e muito bem aliás, e com isto receberam a pecha, impossível de retirar, de colaboradores do regime. O Delfim nunca foi liberal, já se declarou um socialista fabiano e escancarou agora, apoiando o Lula. O drama dos liberais, naquela época, foi o mesmo do siri: entre o mar e o rochedo..... É claro que fizeram a escolha certa pois, diferentemente do que a esquerda apregoa, em 64 não havia opção entre ditadura e democracia, mas sim entre duas ditaduras. Não sei a sua idade mas eu vivi intensamente aquele período e durante muito tempo acreditei nesta bobagem, mas acabei percebendo que dos males o menor, pois que uma ditadura castrista de Prestes, Julião, Arraes et caterva teria sido muito pior e mais duradoura. Ainda estaríamos, hoje, obedecendo a algum Comandante e nem teríamos eleições. Aliás, o Lula nem teria existido pois os sindicatos aqui seriam como em Cuba: fiéis auxiliares do PC. Se alguém fizesse em Cuba o que o Lula fez aqui, em pleno regime militar (!), não seria hoje candidato à Presidência da República, teria ido para o paredón! Mas o mal é que tem pessoas que raciocinam (?) dentro de um pensamento binário: ou é a meu favor ou é contra mim, e não conseguem ver as nuances das opções políticas. Vai demorar a formarmos uma mentalidade liberal mas se não virarmos outra Cuba, chegaremos lá. Grato pelo comentário.
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Heitor De Paola
4/10/2002 às
10h17
200.255.208.185
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O massacre dos liberais
Quer dizer que o regime pós-64, Roberto Campos ministro, militares à frente, extirpou e massacrou os liberais? Bem, para continuar a discussão, vamos primeiro acertar os ponteiros: é do Brasil mesmo que você está falando?
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Helion
4/10/2002 às
09h43
200.165.195.18
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um artigo brilhante
Parabens ao Snr. DePaola por um artigo brilhante. Concordo em genero, numero e grau com os pontos colocados. Gostaria de lembrar ao Sr. Helion que de 1964 a 1989 o regime vigente no Brasil extirpou e massacrou qualquer germe que pudesse, ainda que remotamente, se tornar uma lideranca liberal. E esse dano e coisa generacional... vai levar uma geracao pelo menos para que uma lideranca liberal seria se forme no Brasil. No interim, e preciso tomar cuidado para nao por o pais a perder com ideologias retrogradas e ultrapassadas como as do PT. O mundo esta repleto de exemplos, TODOS eles negativos... Russia, Coreia do Norte, Cuba, China.... o povo Brasileiro que nao se iluda: como bem concluiu o Sr. DePaola as coisas podem de fato piorar, e muito... em todos aqueles lugares a vida e tao boa que os esquemas de seguranca sao montados para nao deixar ninguem sair... pudera, entrar ninguem quer! Sera que nao seria mais facil aprender com o erro dos outros do que errar tudo novamente...? Alguem ja disse que repetir erros e burrice!
O risco neste proximo Domingo e enorme, e o preco de um erro sera altissimo... o lobo so poe a pele de cordeiro para chegar perto do rebanho... quando ele chega perto, ele nao vira vegetariano, continua comendo carne... e adivinha de quem e a carne...
Obrigado pela oportunidade de tecer o comentario, e ao Daio por manter um forum eletronico inteligente.
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Claudio Spiguel
3/10/2002 às
23h21
68.82.189.27
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Valeu pela força!
Valeu pela força, Waldemar! Vou avisar ao gerente de minha conta na Suíça que a partir de agora ninguém mais desconfia de meu enriquecimento:-). Uma pequena correção, a Agenda já tem 6 anos de idade, sendo um dos mais antigos sítios da Internet mundial e brasileira. Existimos na Internet há mais tempo do que o Google e do que o Estadão.
Uma dica extra, já que também sou grande fã do blog BMTH. Escrevi há algum tempo uma texto sobre ele. É bem legal isto do canadense apaixonado por música brasileira.
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Paulo Eduardo Neves
3/10/2002 às
16h13
200.165.219.127
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Collor e o liberalismo
Nem eu nem Merquior entendemos nada de liberalismo, pelo visto. Quem classificava Collor assim era ele. E você também, que sugeriu que ele ao menos “começou isso”, mas o tiraram./// Agora me explica o seguinte: porque todo “liberal” embatuca frente à pergunta de porque não produziram NINGUÉM intelectualmente consistente para disputar o poder? Citam Collor, mas logo tiram o corpo fora, depois renegam um dos principais ideólogos liberais da última geração.... Será tão difícil assim sustentar argumentos liberais?
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Helion
3/10/2002 às
17h57
200.191.178.185
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sobre a metáfora feliz - msg 4
Toni, acho que para um debate minimamente consistente – estou supondo que você pretenda isso – precisamos partir de dados consensuais. E aí, sinto dizer, classificar a era FHC como socialista e estabelecer como certa a nova forma de interferência governamental num provável governo Lula, não ajudam muito o debate. Você começa por avaliar o governo FHC segundo um conceito que não é adotado por praticamente ninguém. Desculpe sugerir, mas tome um manual, bem básico, de ciência política (independente da coloratura ideológica), e segundo ele dificilmente se poderá classificar o nosso governo atual de “socialista”. Quanto às suas certezas para um futuro governo Lula, elas não estão acessíveis sequer a mim, que milito no partido há algum tempo. Acaso você dispõe de alguma fonte privilegiada? ///
Quanto à experiência cubana: por favor, me dê a fonte que justifica a “excelência no nível de vida cubano” em 1960, “superado apenas por EUA e Canadá”. Quero crer que se trata de dados até hoje desconhecidos de todos que analisaram a Cuba pré-revolucionária./// Quanto à prática da mentira, ao achatamento do indivíduo, e ao salve-se-quem puder permanente, que bom que as sociedades capitalistas democráticas estão livres disso, hem?
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Helion
3/10/2002 às
17h36
200.191.178.185
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Sobre os últimos comentários
Caro Eduardo,
Vc sabe o quanto admiro e acho pertinentes alguns comentários seus, entretanto, o que tenho visto desabrochando em seus "e-mail´s respostas" são indelicadezas típicas de sujeitos raivosos, ironias desnecessárias, execessivos discursos preconceituosos e uma ligeira postura de superioridade. Sei que mesmo com algumas provocações, vc consegue ser (3"S")sensato, sensível e sociável. Parabéns pelo seu brilho próprio e juízo!!!!
Cordialmente,
Arq. Anilson Gomes
De Salvador
[Sobre "Hoje a festa é nossa"]
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Anilson Gomes
3/10/2002 às
15h11
200.254.245.1
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Metáfora Feliz 2
Caro Toni: você toca no cerne dos regimes socialistas em geral que é a perda da dignidade e da própria identidade. Um retrato magistral disto é o 1984 de Orwell. Cuba já está chegando lá, com todos os atributos que você ressaltou. E o Brasil corre o mesmo risco nas mãos do José Dirceu. Um amigo que esteve em Cuba a trabalho, tentou conversar com as pessoas comuns e sentiu o pavor que elas têm de serem denunciadas ao comandante de quarteirão da G2. Numa família que topou conversar, ele perguntou a uma moça se ela se sentia livre, ela disse que não. Ele perguntou o que ela entendia por liberdade. Ela retrucou: poder ir a Varadero, não sou livre porque lá cubano não entra, só para trabalhar. Veja a pobreza do conceito de liberdade desta moça, na casa dos trinta anos, nascida e criada naquele horror! Ela mostrou a ele o que é a maravilhosa educação em Cuba: pura doutrinação ideológica que não serve para nada pois emprego não há. Você, Toni, é um dos raros que conhece as estatísticas de antes do golpe de Fidel. A maioria acredita na propaganda absurda que espalharam por aí. Temo que daqui a alguns anos possa-se falar o mesmo do nosso País. Os eleitores do Lula Dirceu de Castro ou são inocentes úteis (atenção - isto não é um termo inventado pela direita, mas por Dimítrov, chefe do Comintern nas décadas de 20/30) ou esperam ser o comandante de seus quarteirões. Muito grato pelas gentís palavras sobre meu artigo.
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Heitor De Paola
3/10/2002 às
15h35
200.255.208.186
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Collor e o liberalismo
Bem se vê que de liberalismo você não entende nada: um Presidente liberal jamais abocanharia os investimentos de todos e decretaria um congelamento de preços. Collor era apenas o ruim contra o péssimo!
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Heitor De Paola
3/10/2002 às
15h30
200.255.208.186
(+) Heitor De Paola no Digestivo...
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Metáfora feliz
As primeiras linhas que compõem o parágrafo inicial de sua crônica constitui uma metáfora feliz: não apenas cumpre sua missão de metáfora, de dizer com outras palavras uma verdade antes encoberta, como o faz com clareza, elegância e resumidamente. Parabéns! Quanto ao texto restante, concordo inteiramente com sua avaliação. O Brasil não só poderá, como deverá se fragilizar ainda mais, trocando o socialismo acanhado desses nossos últimos oito anos, por uma forma mais bruta ainda, desinibida, de interferência governamental na vida das pessoas. O que me escandaliza mais na experiência cubana (que passará a ser o novo norte) não é tanto a deterioração no nível de bem estar material nos quarenta anos de comunismo, mesmo quando me apontam para o tamanho da queda sofrida pelos cubanos (basta dizer, nesse sentido, que em 1960 Cuba era superada apenas por Estados Unidos e Canadá em excelência de nível de vida nas Américas, enquanto hoje exibe o quadro melancólico de indigência que se conhece). O que se afigura ainda mais grave do que o colapso econômico, a meu ver, é o colapso moral das relações humanas sob a "ditadura do proletariado" (que em nada é diferente do horror nazista). O incentivo à delação, a prática desenfreada da mentira, o salve-se-quem-puder permanente, o achatamento constante do indivíduo diante dos representantes da burocracia, etc., a lista da degradação é extensa. Nesses momentos traumáticos, dizem, ganha mais valor relativo o mundo do pensamento e das idéias (mesmo que se tenha que sussurar). Enriqueçamos nossas bibliotecas...
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
por
Toni
3/10/2002 às
14h04
200.154.144.165
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Julio Daio Borges
Editor
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