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Terça-feira,
8/10/2002
Comentários
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Liberdade para idéias.
Evandro, também entrei e fiquei muito esperançoso com a aparência da sala. É muito legal ver interpretações sobre a Escola Austríaca, ainda mais por R$ 4. A questão de o Malan ser ou não ser neoliberal (eis a questão) não é muito relevante: Penso que ações respondem por si. Fico feliz pelo entusiasmo que imprime no seu texto, certamente gostou do que leu.
É bom ver idéias circulando tal qual as mercadorias. E se idéias não circulam no ano 2002, não é culpa do Estado. E isso me decepcionou um pouco, pois não vi profundidade nos comentários e, sinceramente, acho que para reafirmar uma idéia não é necessário atacar o caráter do outro: como uma metralhadora de adjetivos infundados e cartuchos de afirmações levianas.
Não me agradou a intervenção de Cássia (n. 02), a qual não acrescentou à discussão, mas também se mostrou depreciativa e pessoal (não sei se é algo entre vocês). Gostei do Hamilton Caetano (n. 09) que mesmo discordando em pontos, apresentou fundamento e não o atacou pessoalmente [fez uma questão legítima!]. E, a Simone (n. 11) não deve estar adorando entrar na discussão para, como você diz, "entender" alguma coisa de economia. Apenas acho que ao invés de bater no tal "Estado arcaico" que impede a circulação de mercadorias, você também poderia ajudar [como de fato fez no início] na circulação de idéias para todas as pessoas, iniciadas ou não, sem arrogância.
Agora, após 1929, diversas sociedades desenvolveram maneiras de enfrentar a crise, e nestas estava lá o Estado. Acho interessante pensar se o problema é do Estado em geral ou, em nosso caso particular, o Estado brasileiro. Qual a estrutura dele? É interessante aos sustentadores do Estado brasileiro existir liberdade de iniciativa comercial a qualquer um? Por que os camelôs dos grandes centros, em geral, não pertencem à economia formal? A prioridade comercial não espontânea sempre foi o exterior. Logo, o Estado se organizou pra isso, os que não podem pagam a conta. Por isso, concordo com Graça. Ela foi a peça que faltava. Obrigado, Graça.
Não elevo nenhuma teoria econômica ao cargo de Deus, pois a realidade é muito mais complexa e todas as contribuições sérias são oportunas. Aliás, não penso que a resolução desses problemas citados origina-se na economia; estou convicto (com 23 anos e posso mudar ainda, há tempo) de que a questão é política. Nós, como pessoas "letradas" e "pensantes", deveríamos acompanhar com mais cuidado o que ocorre nos bastidores das câmaras municipais, nas regiões administrativas, nas assembléias das unidades federativas a fim de interferirmos mais incisivamente no tal "Estado arcaico". Não é o "Estado arcaico" que impede o comércio? Então, mudemos o "Estado arcaico". Depois disso, a economia surge como instrumento para atingirmos nossas metas políticas mesmo que sejam conflitantes. Por enquanto... Simone, volte! E Liberdade de idéias!
Alisson Ramos
[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]
por
Alisson Ramos
8/10/2002 às
09h56
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Alisson Ramos no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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