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Quinta-feira,
3/6/2010
Comentários
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O caminho da redenção
"Deus deu o seu filho para o perdão dos pecados, em sacrifício. Ah! Como terminou de uma assentada o Evangelho! O sacrifício expiatório na sua forma mais desprezível, mais bárbara, o sacrifício dos inocentes pelas faltas dos pecadores! Que espantoso paganismo! Não tinha Jesus suprimido até a ideia do pecado? Não havia negado o abismo entre Deus e o homem, vivido essa unidade entre Deus e o homem, que era a sua boa nova? E isto não era para ele um privilégio!" Mas Nietzsche não viu que Deus, através de seu filho, deu à humanidade um parâmetro de conduta para o perdão de pecados, porque só peca quem sabe ser pecador? E que Jesus não suprimiu os pecados humanos com sua morte, mas deu a possibilidade de serem suprimidos, ao mostrar o caminho da redenção? Não viu o filósofo que o Cristo negou o abismo entre Deus e o homem, porque abriu caminho para a aproximação da humanidade ao Criador? Ainda que estas interpretações fossem paulinas, e não crísticas, não estariam corretas com esta exegese?
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
http://www.gizeditorial.com.br/maurojudice
3/6/2010 à
00h19
200.100.72.42
(+) mauro judice no Digestivo...
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Inteligência aderente
Note, caro Patez, que destaco trechos do pensamento nietzschiano com intenção de trazer o raciocínio ao plano da apreciação objetiva. Move-me, quero deixar claro, a aflitiva sensação de que algo tenha me escapado na leitura de Nietzsche. Não sei se isto já lhe ocorreu, esta circunstância de não conseguirmos concordar com pensador de fulgurante inteligência, a ponto de questionarmos a toda hora se realmente entendemos o que diz. Nosso filósofo é, provavelmente, a inteligência mais aderente ao pensamento pós-moderno, e escuto-o reverberar nas palavras dos eminentes pensadores e escritores atuais, mais que Heidegger e Wittgenstein (não sei se, nas esferas acadêmicas, dá-se o mesmo). Por isso, anseio que alguém me explique o pensamento de nosso filósofo, sobretudo quando leio certos posicionamentos dele os quais reputo como erros elementares. Um exemplo: tomemos a obra "O Anticristo", capítulo 41, onde lemos sobre a morte de Jesus (continua no comentário a seguir):
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
http://www.gizeditorial.com.br/maurojudice
2/6/2010 às
23h55
200.100.72.42
(+) mauro judice no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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