|
COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Domingo,
20/6/2010
Comentários
189.114.38.144
|
|
|
|
Reconfiguração do amor
A química de amor configurada por Shakespeare no tempo em que se viam pelas ruas carruagens e cavalos, e as mensagens eram enviadas por pombos ou sob a confiança de cavaleiros, não difere dessa química que viaja graças à tecnologia, através de mensagens instantâneas. As ruas são ocupadas por automóveis velozes e no céu os pombos têm de dar lugar a helicópteros e aviões. Também as maneiras de expressar o poder têm se atualizado, e o capital comanda a hierarquia social, mais até que o poder político. Mas, no fundo, todas essas maneiras mascaradas de experimentar a existência nada mais são do que alternativas modernas que o indivíduo tem buscado na tentativa de reconfigurar o amor, todavia sem sucesso. Justamente em razão de o amor não ser um desígnio modificável pela intervenção humana, mas fruto da criação divina, capaz de encabular toda forma de poder, e de forma especial a Shakespeare: "Talvez o amor não seja capaz de parar os relógios, mas é capaz de não se deixar reger por eles."
[Sobre "Bloom sobre Shakespeare"]
por
ROBERTO ESCRITOR
20/6/2010 às
19h48
189.114.38.144
(+) ROBERTO ESCRITOR no Digestivo...
|
|
Julio Daio Borges
Editor
|
|
|
|
|