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Sexta-feira,
4/3/2011
Comentários
Roberto Valderramos
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Coitado de quem quer aprender
Cara, concordo com 95% do que você disse. Aprendi a ler, a escrever e a fazer contas... em casa. E tudo o que aprendi, além disso, aprendi com a minha curiosidade. Não aprendi praticamente nada na escola. Tentaram inclusive me ensinar errado! (É uma história que pretendo contar algum dia.) Ruim na escola é que o professor é obrigado a andar a 1 quilômetro por hora, para que os alunos lerdos não percam o fio da meada. Ou então, quando você perde uma aula, adeus. Ninguém explica a aula anterior. Além disso, a luz refletida na lousa impede a leitura e dá sono. E os colegas... odeiam que você aprenda alguma coisa. Coitado de quem quer aprender: é hostilizado pela maioria burra.
[Sobre "Chega de Escola"]
por
Roberto Valderramos
4/3/2011 às
11h46
200.162.251.178
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Rosa é maior que o Brasil
Depois de ler Guimarães Rosa, todos os outros escritores ficam banais. Desisti de tentar ser escritor. Parece que não há mais nada a ser inventado, Guimarães Rosa já se apoderou da língua do Brasil. Mesmo que eu tivesse toda a inventividade vocabular dele, ainda me faltariam a alma da terra, a intuição e a poesia das plantas, dos bichos, dos ventos, dos cheiros, dos sentimentos todos das gentes, inclusive aqueles bem embutidos que não se explicam com palavras ou expressões normais... e, por fim, me faltaria a sabedoria simples e humilde de quem enxerga tudo, entende tudo, por dentro e por fora. São muitos os leitores instruídos absolutamente incapazes de compreender toda a beleza emanada de "Grande Sertão: Veredas". Mesmo a instrução, mesmo a inteligência comportam limitações. Comparar um carro-esporte com uma suprema obra de arte, e cometer o sacrilégio de preferir o carro-esporte! Guimarães Rosa não é para todos. É complicado, e é simplório demais para as chãs erudições do utilitarismo.
[Sobre "Como Guimarães Rosa me arranjou um emprego"]
por
Roberto Valderramos
27/1/2010 às
16h31
201.95.167.212
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Sociedade Hodierna
A "correção política" coincide com ascensão ao poder via votos e superexposição à mídia. Antes da "Era do Capitalismo Salve-se Quem Puder" sob a "Égide da Política da Boa Imagem", os donos do Poder pouco se importavam com a opinião pública. A diferenciação social persiste, por incrível que pareça. Malgrado o "supertsunami streetwear" que oblitera, com a vigência da sociedade de consumo, todo o padrão de boa educação e os conceitos de boa informação (o vetusto "intelectualismo"). Hoje, a "superonda" é estar bem informado, sim, sobre as frivolidades da mídia. Deve-se ignorar, sob pena de ostracismo ao limbo, quaisquer conhecimentos "arcaicos", vale dizer mais antigos do que um mês ou quem sabe até uma semana. O que surpreende, nesse marasmo de degenerescência mental da Sociedade Hodierna, é como persistem os sinais de discriminação $econômico$-social. Não acredita? Trajado meramente laboral, tente ser bem atendido por um balconista, mesmo que o classudo outro freguês chegue depois de você.
[Sobre "As 48 Leis do Poder, por Robert Greene"]
por
Roberto Valderramos
28/12/2009 às
12h54
189.121.176.114
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Julio Daio Borges
Editor
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