COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Domingo,
17/11/2002
Comentários
Juliana
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deixa o volodya fora disso
Obrigada pela menção, Alexandre. Não sou de maneira alguma uma “escritora” – mas o título não cairia mal num país em que a Marilena Chauí é considerada uma .... filósofa!!! O outro porém: o Martim tem razão. Ser "de direita" é falar exatamente a língua da "esquerda". Talvez eu seja “de direita” - mas a "direita" de que talvez façamos parte – me recuso a pensar que somos uma “comunidade” - é incompreensível ao Marcelo Barbão, por exemplo, que insiste em nos martelar com "fatos" nos quais um dia já tivemos a inocência - disfarçada de argúcia - de acreditar, assim como próprio Francis. Como já ouvi dizer por aí, quem nunca foi "de esquerda" não tem coração. Quem continua na esquerda acaba por ficar sem cérebro. O Marcelo insiste em dizer que a "direita" (ardilosos vampiros do mal e seres das trevas) trabalha na calada da noite. Risível, risível. A esquerda,esta sim – ainda segundo o Marcelo - trabalha às claras, de martelo e foice na mão, revolucionando o mundo. Podemos deduzir dos argumentos do Marcelo que a esquerda não precisa usar desses artifícios subversivos para “mudar o mundo”. Não dá pra acreditar é em tamanha inocência, Marcelo. A esquerda, em sua tradição marxista, sempre foi a melhor nos truques do esconde-esconde, do newspeak, da sutil lavagem lingüística e ideológica. E, sim, o pai do Nabokov foi assassinado por um “direitista” insano - só que parece que mais uma vez você varre fatos para debaixo do tapete. O tiro que matou Vladimir Dmitrievich Nabokov não o fez senão por acaso. O alvo era o amigo que Nabokov tentara proteger, Pavel Nikolaevich Milyukov, também um antidéspota – título que para você, imagino, deve automaticamente ser equiparado a “ser de esquerda”, assim como deve ter sido automática sua conclusão de que os novos “escritores” de blog serão Pinochets e Pedro Carmonas no futuro. Milyukov era historiador e escreveu sobre o perigo que os Bolcheviques representavam. O sonho dos Kadets, ao instituir o “Pervaya Duma”, ou Primeiro Parlamento, era fazer da Rússia uma República ou uma monarquia constitucional como a Inglaterra. Sob o paradoxal regime tzarista, o pai de Nabokov foi proibido de participar nas eleições públicas, mas podia ainda trabalhar em publicações “esquerdistas”. Como disse o próprio escritor, àquela época “justice and public opinion could still prevail occasionally in old Rússia; they had only five years to go” ou, ainda, “The history of Russia could be considered from two points of view: first, as the evolution of the police (a curiously impersonal and detached force, sometimes working in a kind of void, sometimes helpless, and at other times outdoing the government in brutal persecution); and second, as the development of a marvelous culture. Under the Tsars, despite the fundamentally inept and ferocious character of their rule, a freedom-loving Russian had had incomparably more means of expressing himself, and used to run incomparably less risk in doing so, than under Lenin”. Mas claro que todo mundo prefere entender errado. Você parece ser outro que prefere acreditar no mundo cor-de-rosa dos esquerdistas bonzinhos e sonhadores contra direitistas malvados e inescrupulosos. O pai de Nabokov não era um “esquerdista” no fétido sentido – redolente aos que salivam de emoção romântica ao ver o “filho do povo” chegar à Presidência, tão semelhantes aos servos hipnotizados por um Lenin, um Hitler, um Mao, um Stalin – que a esquerda brasileira imprime à coisa. E veja que curioso: o assassino do pai de Nabokov era tão “de direita” que foi nomeado por Hitler como o administrador da “busca” alemã aos eventuais emigrés que deixassem a Rússia – gente, por exemplo, como Véra Nabokov, judia, e nada menos que a mulher do escritor cujo pai fora assassinado. Claro que você, como defensor da sacrossanta esquerda, acredita que o Nazismo era “um regime de direita”, não é mesmo?
Ah, sim: meu caro Antonio Castellane, se conviveu mesmo com o Francis, dele não aprendeu nada. Aliás, para ter convivido com Francis, você tem de ter pelo menos uns 30 anos de idade – o que estranhamente não condiz com seu infantil hábito de mandar e-mails a pessoas que desconhece, chamando-as de “apple-polisher”. Vai lustrar o sapato do Jabor que você lucra mais, meu filho.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Juliana
17/11/2002 à
01h40
200.193.244.177
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quanta "percepssão", Alexandre
Assim não dá, Alexandre. Vê se escreve uma coisa ruim pra variar.Todo texto teu tem alguma referência a algum de meus heróis. Lembro que descobri Nöel Coward (não tem um trema charmoso ali?) lendo "Mad Dogs and Englishmen" num (pasme!) quadro pendurado num banheiro de danceteria, há milênios. Love at first sight, apesar da situação bizarra.
[Sobre "Lula Já É Um Coitado"]
por
Juliana O'Flahertie
20/10/2002 à
00h30
200.193.253.117
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a cabeça aberta
É porque ele tem "a cabeça aberta e ligada no que acontece no mundo" - mundo sendo o seu próprio umbigo (é comum aos "umbiguistas" usar um "argumento" deste tipo logo de início) e as sensações fisiológicas abaixo dele.
[Sobre "Hipermediocridade"]
por
Juliana O'Flahertie
8/10/2002 às
19h29
200.193.244.180
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você esqueceu do Vlad no quesito adjetivos e advérbios estranhos (ah, eu e minhas obsessões).
[Sobre "Onze pontos sobre literatura"]
por
Juliana
12/9/2002 às
03h09
200.193.251.244
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Vlaaaad, o maaaaalvado
Vlad era o mais terno dos escritores maus. Mas era mau. Ô. Aquele pedantismo cruel, que rechaçava os filisteus, tinha muitos ecos em Waugh também. E aquela linha fininha entre a ternura e uma atitude standoffish. Crueldade servida em xícaras de chá de porcelana, acompanhadas de tartes au miel. Nhamnham.
[Sobre "3 Grandes Escritores Maus"]
por
Juliana O'Flahertie
17/7/2002 à
01h44
200.193.250.48
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awwwwwwwnnn
assim eu fico com ciúmes. :)
[Sobre "dulcíssima dulcinéia"]
por
Juliana O'Flahertie
21/4/2002 às
15h07
200.193.251.12
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poetas feiosinhos
Eu quero essa antologia! Será que é fácil de achar aqui na "capital da esperança"?
Esqueceram do Yeats - ele era assim, meio "gauche", com aquele narigão e a obsessão pela sua Maud Gonne. Ainda bem que era narigudo e triste - senão não teríamos seus poemas.
Se quiser se prostituir à Academia, Alexandre, faça como minha "professora" de Renascimento Português: os aluninhos faziam seminários comparando Camões com MPB. Quatro meses de tortura ouvindo aquela retardada falar. Pobre Camões. Mas ela, no caso, estava muitíssimo satisfeita com sua sapiência e com as aulas ministradas, claro.
E quanto à mulherada: vai tranqüilo. Sempre tem uma beldade, uma "bimbo" que morre de amores pelo professor de literatura "blasé".
[Sobre "Antologia dos Poetas Feios"]
por
Juliana O'Flahertie
21/4/2002 às
14h47
200.193.251.12
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cadê meu sonrisal???
Putz, parei de ler o lenga-lenga da Ana quando ela diz que cita Jorge Amado e Chateano Veloso "com orgulho". Nem pra citar gente que presta (João Gilberto, Caymmi etc). Resolvid dar mais uma chance à moça "consciente e revoltada", mas aí ela cita notícia de cunho socialista dos "sábios" da ONU (ou social-democrata, ou de terceira-via, ou o raio-que-o-parta dos filhotinhos de Marx). Meu estômago é forte mas nem tanto, sabe.
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Juliana O'Flahertie
23/3/2002 às
13h00
200.193.253.53
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'eu te disse!' (george orwell)
Mesmo que os adoradores de Cuba sejam tratados nos "excelentes" hospitais de lá, mesmo que visitem a ilha, mesmo que se demonstre por a + b que aquilo em que acreditam é falso, eles não darão o braço a torcer. O 'newspeak' é uma das coisas mais impressionantes já imaginadas pelo ser humano.
[Sobre "poesia, roseana, cuba e outras palhaçadas"]
por
Juliana O'Flahertie
17/3/2002 às
12h38
200.193.250.28
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suspiro
Bengalas. Luvas de pelica. Duelos. Menos filhotes de Leminski e mais filhotes de Chatterton (e Chesterton). Cavalheirismo. Ah, que mundo seria, não?
[Sobre "Reação"]
por
Juliana O'Flahertie
17/3/2002 às
12h36
200.193.250.28
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merci beaucoup!
E nem as 'belles infidèles'! :)
Obrigada pelo texto, Paulo. Tenho enorme interesse pelo campo da tradução e coleciono tudo a respeito - pelo menos tudo que julgo importante, deixando os Derrida de lado. Mais uma vez, obrigada. E citarei seu artigo no meu weblog (http://missveen.blogspot.com).
[Sobre "A saída clássica"]
por
Juliana O'Flahertie
17/2/2002 às
10h53
200.193.252.128
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daddy is right there for you
Oi, Fábio. É claro que a maioria está do lado do ministro, por dois motivos: acreditam piamente que a medida adiantará de alguma coisa, e se sentem reconfortados quando sabem que bigbrotheriswatchingyou, digo, quando papai-Estado está cuidando da saúde deles.
Afinal, fomos educados para isso: se governantes fazem leis "para o nosso bem", então, pensam todos, é claro que querem o nosso bem. Quanto à suposta "sapiência" da sociedade (que não é um indivíduo e, portanto, não pode ser sábia ou ter consciência de nada - se tivermos 3.000.000 pessoas, temos 3.000.000 de consciências, não 3.000.001), vale sempre citar Anatole France (embora, estou certa, ele fosse contrário à opinião que acabo de expor): "Se 50 milhões de pessoas dizem uma coisa idiota, ainda é uma coisa idiota".
E seus textos continuam ótimos. Parabéns.
[Sobre "fumo porque é fumo"]
por
Juliana O'Flahertie
17/2/2002 às
10h14
200.193.252.128
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adieu, adieu, remember me
Só agora li seu texto sobre o Francis. Waaal. Ele faz uma falta enorme, apertada. Vai ser difícil aparecer outro - quem sabe daqui a uns 100 anos?
[Sobre "Ele, Francis"]
por
Juliana O'Flahertie
14/2/2002 às
18h16
200.181.82.214
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com nosso dinheiro, claro
Pois é, o idiota do Serra pensa (ou finge que pensa) que os fumantes NÃO sabem que cigarro faz mal. Aloysio-filhotinho-de-Che-Guevara tem uma infinidade de rabos presos e simpatias curiosas, não? Só o pessoal metido a guerrilheiro que não vê. Também, é para isso que foram treinados: não conseguir enxergar o óbvio, só o sonho ofuscante da utopia.
[Sobre "fumo porque é fumo"]
por
Juliana
14/2/2002 às
14h58
200.252.62.139
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a fêmea branca oprimida
tenho uma teoria de que as feministas têm como inspiração para seus excessos o não-entendimento do "convívio íntimo entre os dois sexos". sentem-se "ameaçadas" pelos homens e tentam "retaliar" querendo coçar o proverbial saco em público, achando cafona mulher que acha lindo receber flores e lendo Susan Faludi. deviam é tentar entender a natureza humana - dos homens ou delas mesmas. além de se depilar e gastar umas 2 horas se aprontando para seduzir um homem sedutor. garanto que seriam mais felizes.
[Sobre "amor anão"]
por
Juliana
8/2/2002 às
17h48
200.181.83.145
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Julio Daio Borges
Editor
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