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Sexta-feira,
12/4/2002
Comentários
Pedro Ghirotti
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não existe nada palestino
Heitor,
Você é muito simplista se acha que eu defendo ditaduras comunistas só porque eu falei que China, Cuba e Coréia do Norte são os únicos paises atualmente que não dão bola pros americanos.
E continuo a afirmar que é insanidade acreditar que uma ofensiva como a israelense possa trazer a paz. Comparar essa guerra com a Segunda Guerra, é comparar o incomparável. Na Segunda guerra você tinha uma guerra entre nações, entre exércitos, entre estados. Ou seja, é possivel se alcançar um acordo depois que um dos lados venceu. Já na guerra Israel-palestinos se trata de um contexto completamente diferente. Não existe estado palestino, não existe exército palestino, generais palestinos, nação palestina para dialogar. O que Israel vai fazer? Vancer a guerra e entrar em acordo com os terroristas?!
Terroristas são individuos que tomam atitudes individuais, dentro de um contexto de grupo claro, mas são voluntários de uma causa. Eu acho extremamente duvidoso afirmar o que a Bety Mayer diz: que basta Arafat ordenar, que os atentados cessariam em 24 horas. Sejamos sinceros. Se o próprio exército israelense acreditasse nisso, porque eles não entram no QG do Arafat, sentam e conversam o que deve ser feito para o fim dos atentados, ou colocam uma arma na cabeça dele e exigem o fim das explosões?
Na minha opinião, Arafat ja não manda mais em nada, mesmo poque não tem no que mandar, não existe país, não existe governo, não existe exército organizado, não existe nada palestino.
Mesmo que Israel consiga chegar aos seus objetivos, que são bem obscuros por sinal, você acha que os homens-bomba vão parar? Pense nos garotos palestinos que vêm Israel destruir suas cidades, atacar seu povo com tanques, demolir casas com buldozers. O que eles vão pensar? Não é dificil chegar a conclusão que alguns vão se tornar terroristas e vão combater Israel. É uma bola de neve.
Nós vimos na TV reservistas israelenses que se recusam a participar da invasão, pois acreditam que está errado. Nós vimos na TV soldados americanos se recusarem a atacar o Vietnam pois não viam lógica naquilo. A guerra do Vietnam se estendeu até os EUA se retirarem. Palestinos e vietcongues lutam e lutaram por uma causa, contra inimigos que não têm certeza de qual a sua.
Israel se enfiou numa sinuca de bico tremenda, pois o inimigo não vive do outro lado do mundo.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Pedro Ghirotti
12/4/2002 às
08h21
200.207.129.69
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um e-mail que te mandei
Heitor, esse é um e-mail que te mandei e coloco aqui pois tem a ver com o que o Antonio Oliveira diz:
1. Me desculpe, mas é muito estranho surgirem no meio da guerra um monte de documentos comprovando que Arafat financiou os terroristas palestinos. Eu acho rídiculo pensar que
alguém que dá dinhiero para outra pessoa comprar/produzir bombas para atos de terrorismo, faça questão de emitir "notas fiscais" ou produzir documentos de controle de caixa, que era
o que parecia os documentos apresentados pelo governo israelense, que pode muito bem ter forjado esses documentos. Não estou dizendo que eles fizeram, mas é uma possíbilidade.
2. Caro Heitor, eu não defendo terrorismo em hipótese alguma, mas perceba que os palestinos não tem exército. Seu exército são os terroritas, por pior que isso possa parecer. Cada um
usa aquilo que tem nas mãos. E na guerra não existe níveis de crueldade, tudo é cruel. Não é porque você tem um helicoptero que joga 100 misseis por minuto e um tanque que possui
lança-chamas e metralhadoras .50, que significa que você é menos cruel que o inimigo.
3. Sharon fez questão de aumentar o número de colonias em áreas ocupadas.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Pedro Ghirotti
12/4/2002 às
08h18
200.207.129.69
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Nem paz nem solução
Concordo com você Antonio Oliveira. É quase insano pensar que uma ofensiva como a posta em prática pelo exército isrelense possa trazer a paz. A única maneira de Israel conquistar a paz através de uma ação militar, é aniquilando cada palestino e cada simpatizante da causa pelestina. Atacar, invadir e matar, mesmo que seja de forma seletiva como o exército israelense vem afirmando, não vai gerar nada de "construtivo", em especial para o povo israelense. Sharon pode até pensar ter cumprido seu dever, mas uma retaliação é quase óbvia se sobrar algum palestino em pé. E como um genocídio palestino não pode ser cogitado, Israel no fim das contas piorou sua situação com a investida militar. A tranquilidade, nem vou usar a palavra paz, é quase inviavel agora. Até a questão dos balcãs era mais solucionavel do que o conflito Israel-palestinos.
Tenho lido aqui textos que colocam a ação militar de Israel como uma resposta aos ataques terroristas, mas não é bem assim. Todos nós acompanhamos que a situação foi se alimentando nos atos de violência dos dois lados. A cada ataque terrorista palestino, Israel contra-atacava, e a bola de neve foi se formando.
Acredito que o grande erro de Israel foi ter mantido os assentamentos em áreas da Csijordânia e ter retaliado os atentados com força militar extrema, bombardeando prédios nas cidades palestinas por exemplo. Isso só inflamou os ânimos de jovens palestinos desiludidos.
O governo israelense precisa urgentemente perceber que deve fazer conseções, se pretende que seu povo viva com certa tranquilidade. Se continuar a lutar por todos os territórios que deseja possuir, a guerra jamais vai cessar.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Pedro Ghirotti
10/4/2002 à
01h45
200.207.129.69
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A adultice manchou a vida
Parabens pelo texto Alexandre! Simples e que diz uma verdade muito grande.
Sabe o que eu acho engraçado, é que este texto está num site "tipo adulto", intelectual. É engraçado isso.
Mas concordo plenamente com você. Neste século XX o homem "inteligente" achou que devia ser triste para ser alguém, caso contrário ele seria boçal e apenas mais um na massa. Fazer a pose tipo personagem do Dostoiévisk, agoniado com a existência, dava razão para existir. Os intelectuais declararam guerra a felicidade, se divertir ou era coisas de burro, de classe média americana ou pertencia ao mundo infantil, se divertir virou coisa de gente burra, e o máximo que um adulto inteligente podia fazer era se reunir para discutir os relacionamentos do ser humano, com outros adultos intelectuais mais agoniados ainda. Woddy Allen virou herói com suas olheiras urbanas. O suicídio virou a glória!
Eu estudo na FFLCH/USP e vejo esse povo "adulto" de perto, e vejo como eles estão perdidos na sua adultice. Viva o Guerra nas Estrelas! Viva o Indiana Jones! Viva o Falcon! Viva fazer guerra de lama! Jogar futebol! Subir em árvore e correr no jardim.
[Sobre "O Exército de Pedro"]
por
Pedro Ghirotti
9/4/2002 às
14h36
200.207.129.69
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Julio Daio Borges
Editor
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