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Sexta-feira,
25/12/2009
Comentários
isa fonseca
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Simbólico/imaginário
Claro que dá para viver sem literatura, mas vive-se mais precariamente, a meu ver. A literatura está no âmbito das artes e está no âmbito do simbólico/imaginário. Psicanalistas que estudaram Lacan sabem da sua importância para o equilíbrio proposto pelo nó borromeano. Literatura é tão importante quanto brincar é importante para a criança. Há crianças pobres que jamais pegaram num brinquedo e sofrerão de uma falta simbólica. O mesmo se dá com os livros. Os livros não fazem ninguém melhor, no sentido de ser uma pessoa boa, mas é claro que, estando no âmbito da arte, amplia-lhe o repertório. Tenho para mim, também, que ao ler a história de outras pessoas, no caso eu falo de ficção e, consequentemente, de outros personagens, saímos de nosso mundinho e desenvolvemos a compaixão. Tornamo-nos menos egóicos. É isto. No mais, literatura é prazer, puro prazer... Mas nosso imaginário caminha junto e com ela, a literatura, sempre há um aprendizado. É isto...
[Sobre "Literatura para quê?"]
por
isa fonseca
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25/12/2009 às
11h11
189.100.237.69
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Ensaio sobre a Cegueira é ruim
Concordo e vou mais longe; o filme, ao qual consegui assistir por apenas 20 minutos, de tão ruim, é uma das piores coisas feitas pelo cinema brasileiro nos últimos anos. Assim como me envergonhei de estar na platéia de "Durval Discos", quando o filme dá uma virada e tenta a linguagem do nonsense, também me envergonhei pelo Meirelles e por ter representado o Brasil lá fora. A começar pela fotografia, que parece ter sido feita por um garoto do primeiro ano da escola de cinema. O personagem do japonês trabalha mal. A estética que cai para a propaganda é terrível. A história é ruim, inverossímil em termos de narrativa. Alguém fica cego e, ao invés de correr ao hospital, vai para casa. Enfim, é uma baboseira só. Não vi mais porque a minha sensibilidade já havia sido ferida e a minha bagagem na área me permitiu avaliar que o filme é ruim. No mais, não gosto de Saramago, jamais gostei e saio dizendo para quem quiser ouvir. Quem conhece boa literatura, não gosta de Paulo Coelho e nem de Saramago...
[Sobre "Ensaio sobre a Cegueira, por Fernando Meirelles"]
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isa fonseca
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9/2/2009 às
11h41
189.102.15.73
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Ensaio Sobre a Cegueira é ruim
Sem sombra de dúvida, o melhor filme de 2008 chama-se "Luz Silenciosa". "Ensaio sobre a cegueira" é um dos piores filmes a que assisti na vida (e olha que assisto a muitos filmes, cotidianamente, desde a década de setenta, pelo menos); tosco, com alguns péssimos atores, como o japonês do início do filme (digo início porque só consegui ver 20 minutos de tal filme); uma fotografia publicitária voltada para o excesso de real, chapada, horrível; cortes mal feitos e, para piorar, é sobre um romance de Saramago, autor superestimado. Será que no livro as pessoas vão parar numa enfermaria sem a supervisão de nenhum enfermeiro? Erros toscos. E como alguém vai para casa, como o japonês, se fica cego e não a um pronto-socorro? OK, é ficção, mas, ainda assim, que o filme não subestime a nossa inteligência... não é? Muitos gostaram; os espectadores estão cada vez menos exigentes, o que é uma pena. E, sim, "Quando os fracos não têm vez" é um excelente filme, que merece entrar no ranking dos melhores de 2008.
[Sobre "Meus melhores filmes de 2008"]
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isa fonseca
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12/1/2009 às
11h22
189.102.26.23
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Não espero nada de Batman
Toda a vez que vejo um texto que espera muito de filmes como Batman, eu me pergunto quando é que os adultos vão crescer. Não dá para esperar nada de Batman, porque foi concebido para crianças, enquanto divertimento, passatempo, era só um gibi e não dá para fazer nada melhor com uma proposta que se distorce e quer atingir adultos. OK, há adultos infantilizados, que jamais viram um filme de Carl Dreyer na vida, mas estes que se danem, para usar um português bem chulo -- não é mesmo? Não dá para esperar que chifres nasçam em cavalos. Ao menos esta é o meu modo de ver tudo o que envolve Batman e seu companheiro Robin. Ficou lá atrás, na minha infância. Não espero nada, enquanto adulta, destes filmes; aliás, nem perco meu tempo indo ao cinema vê-los.
[Sobre "Batman: O Cavaleiro das Trevas, o filme"]
por
isa fonseca
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9/1/2009 às
11h19
189.102.8.173
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Em defesa da prosódia (pt. 2)
Parte dois: quando se trocou pharmácia por farmácia, foi um alívio, creio. Mas não tem sentido alterar o credelevê, nem suprimir o trema (que vai interferir para pior na prosódia) - não só não tem sentido, como haverá um problema de lógica na explicação para as crianças quando começarem a ser alfabetizadas. Algumas normas são bem-vindas, outras aparecem de maneira ditatória, ou seja, de cima para baixo e sem respeitar as mudanças naturais da língua. É o caso da supressão do acento em vôo etc. Passa-se por cima da musicalidade da língua de uma maneira brutal! Enfim, essa reforma veio em má hora e lugar e, para mim, além de absurda e de mediocrizar a língua, é coisa de quem não tinha o que fazer. Abraço!
[Sobre "Cócegas na língua"]
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isa fonseca
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6/11/2008 às
11h13
189.102.31.56
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Em defesa da prosódia
Pilar, gosto muito de seus textos e já o disse a você uma vez. Permita-me fazer algumas considerações. Estudei Semiótica, formei-me e graduei-me no estudo das linguagens... e não é possível concordar com este equívoco quanto à prosódia: "O voo do pássaro também ficou mais leve, assim como as ideias e as jiboias, que não serão propriamente um problema para os mineiros, já que por aqui os sons são naturalmente mais abertos. Os paulistas, por outro lado, vão ficar tentados a fechar o som dessas vogais e, mesmo que não confessem, mentalmente vão ouvir uma voz inconformada dizer 'idêias', 'jibôias'." Desculpe-me, mas o paulista jamais falaria idêias ou jibôias. Este grupo sonoro é consenso no Brasil inteiro. O que se tem é diferente: se o carioca fala "e aí, mérrrmão!" (E aí, meu irmão?), o paulistano fala "e aí, mêrmão" - deu para perceber a diferença? Mas o exemplo que colocou está deslocado de uma possível prosódia em qualquer parte do Brasil. Sempre será idéia e jibóia, mesmo. Abraço!
[Sobre "Cócegas na língua"]
por
isa
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6/11/2008 às
11h06
189.102.31.56
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comodista e deselegante
O acordo ortográfico é um atalho para a mediocrização, uma espécie de pacto entre o mundo globalizado e suas conseqüentes perdas localizadas e a necessidade de que tudo venha mais simplificado, não de uma maneira simples, porém comodista e deselegante. Além do quê, sofrerá a prosódia com a retirada do trema e sofrerão e tremerão os professores para fazer com que os alunos separem o joio do trigo. Não precisava. Coisa de gente que não tinha o que fazer... Pena.
[Sobre "Trema, sentirei saudades"]
por
isa fonseca
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5/11/2008 às
11h24
189.102.10.116
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Belíssimo poema!
Abraço! Isa
[Sobre "Meu tio"]
por
isa fonseca
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13/10/2008 às
18h51
189.102.10.116
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Que susto!
Rafael, eu cheguei a mandar uma carta para a Cult, que foi publicada, por achar muito ruim a escritura do Mirisola. Não entendo como alguém como ele ou Paulo Coelho possa ser chamado de escritor. Seu texto acerta em cheio nas questões cruciais... parabéns. (Quase levei um susto ao ler a chamada!) Abraço!
[Sobre "Três vezes Mirisola"]
por
isa fonseca
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25/9/2008 às
19h30
189.102.14.197
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Julio Daio Borges
Editor
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