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Terça-feira,
22/7/2008
Comentários
Flavia Penido
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Paqüera e a Graça Braga
Acabei de voltar da comemoração dos 8 anos do Samba da Vela. Aquilo é um verdadeiro culto de adoração ao samba - não dá pra não se impressionar e sem dúvida vale a viagem até Santo Amaro. Pra quem não sabe, aos sábados à tarde, no "Voce vai se quiser" (R. João Guimarães Rosa, 241), tem uma roda de samba muito animada com o Paqüera e a Graça Braga (e lá pode beber cerveja, hehehe).
[Sobre "Samba da Vela"]
por
Flavia Penido
http://ladyrasta.wordpress.com
22/7/2008 às
02h29
189.33.65.86
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Fazemos o que com o Nelson?
Olha, a ser verdadeira a afirmação de Pedro Gamba, teremos que jogar no lixo todas as peças do Nelson Rodrigues (que escrevia louca e desenfreadamente), os livros da Clarice Lispector, os do Ruy Castro, os do Luis Fernado Verissimo, Caio Fernando de Abreu, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade.
Quanto ao "Temos todos poucas idéias para publicar na vida", desculpe, mas ainda bem que Shakespeare não sabia disso, ou não teria escrito tantas obras primas em tão pouco tempo (se não me engano, "Otelo", "Rei Lear" e "Macbeth" em pouco menos de 2 anos). Existem bons escritores e maus escritores. O que ambos fazem com as suas habilidades (ou inabilidades) é totalmente irrelevante para se aferir a qualidade de uma obra. E quem já leu Proust sabe muito bem que bons escritores podem falar mais do que 3 páginas (até mais do que 3 volumes) sobre sentimentos. Enfim: é mais fácil ser econômico e falar apenas: não estou a fim de gostar. É um direito garantido certo?
[Sobre "O Conto do Amor, de Contardo Calligaris"]
por
Flavia Penido
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3/7/2008 às
23h59
189.33.65.86
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Crianças devem ser orientadas
Acho que vc tocou no ponto central da questão: a censura pode (e a meu ver - e acho que no seu tb) deve ser exercida dentro de casa, simplesmente desabilitando os canais não recomendados. Sempre trabalhei fora e a primeira coisa que eu falava para a babá na contratação era: "Se eu chegar em casa e a TV estiver ligada, e ligada na Xuxa, é rua". E pasmem vcs, muitas pessoas me perguntavam: mas se ele não vê tv, o que ele faz? Ao que eu respondia: ele brinca, como crianças brincam há séculos. Crianças estão em formação, e porque estão em formação devemos direcionar seus interesses e seu lazer. Aliás, é obrigação dos pais fazer isso. Criança não tem, não, vontade própria em alguns assuntos - e querer dar a elas esse poder tão precocemente é eximir-se da tarefa de educar. Quanto aos pais que acham mais fácil apelar para a babá eletrônica... Eu só posso dizer que eles estão nas minhas preces...
[Sobre "Desligando o Cartoon Network"]
por
Flavia Penido
http://ladyrasta.wordpress.com
1/7/2008 à
01h48
189.33.65.86
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Livro não tem passaporte
Li esse texto agora de manhã e fui buscar uma passagem do "Como e por que ler" do Harold Bloom que estava folheando ontem à noite e que cai como uma luva (acho) aqui: "Exorto o leitor a procurar algo que lhe diga respeito e que possa servir de base à avaliação, à reflexão. Leia plenamente, não para acreditar, nem para concordar, tampouco para refutar, mas para buscar empatia com a natureza que escreve e lê". E acho que há dois tipos de literatura, assim como há dois tipos de música, ou de qualquer expressão artística: a boa e a ruim, sem necessidade de se olhar para o "passaporte" delas. E discordo quanto ao fato de ser difícil fazer com que alunos gostem de literatura. Acho que o bom professor, aliado a um bom livro e a uma boa comunicação com os alunos, pode, sim, fazer com que esse pavor aos livros seja, se não eliminado, ao menos diminuído - e, certamente, farão aqueles que têm pendor para a leitura descobrirem de forma rápida e prazerosa.
[Sobre "Não gostar de Machado"]
por
Flavia Penido
http://ladyrasta.wordpress.com
7/6/2008 às
12h34
201.6.130.24
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Nem 8 nem 80 II - a missão
Acho que não dá pra ser tão radical. Arte não é matemática, assim não há como estipular que são x ou y bons escritores, a cada x ou y anos. Além disso, o conceito de "bom escritor" é relativo.
Acho que há uma distinção a ser feita: o fato de um autor não ter seu trabalho reconhecido, seja através das vendas ou através das críticas, não significa que ele não tenha valor. Aliás, livros de auto-ajuda vendem muito bem e nem por isso têm qualidade excepcional (eu pessoalmente os acho insuportáveis, mas tem quem goste...). Continuando: Há autores que morreram sem ser reconhecidos (tiveram reconhecimento póstumo) - já pensou se não tivessem sido publicados? Há mesmo muita coisa ruim, mas com isso forma-se massa crítica para que textos de valor surjam... E qualquer autor tem o direito de achar o seu trabalho o máximo, e de tentar ser publicado, certo?
[Sobre "A saturação dos novos autores"]
por
Flavia
http://ladyrasta.wordpress.com
5/6/2008 às
14h36
201.6.132.156
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Julio Daio Borges
Editor
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