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Domingo,
3/5/2015
O charmoso quadrado japonês
Sonia Regina Rocha Rodrigues
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Seguindo a trilha das cerejeira, no mês passado, em um vilarejo chamado Shiragawago, encontrei pela primeira vez o simpático Furoshiki. (pronuncia-se furoshikí)
Foi minha amiga Helena, sansei, que exclamou:
- Ah! Um furoshiki! Como o de vovó!
Trata-se de um quadrado de pano, no qual as pessoas embrulham tudo: presentes, caixas, garrafas, livros, panelas com comidas quentes. Nós artísticos fazem a diferença nos pacotes, que podem ser carregados como cantil, bolsa de mão ou a tiracolo, ou viram flores enfeitando um mimo. Os presentes são embrulhados em seda. Para uso familiar, qualquer tecido serve. Os japoneses capricham em tecidos elaborados com padrões adequados para cada estação do ano. Na primavera, por exemplo, flores e filhotes de animais são os preferidos.
O furoshiki teve origem no período Nara (710 - 784 d.C.) para transportar os bens do Imperador. Depois, no período Heian (794 - 1185) a nobreza utilizou amplamente esse recurso para acondicionar roupas. Nas casas de banho, esse era um modo prático de separar os pertences de cada um. (Lembrando que os japoneses gostam das saunas coletivas.)
No século vinte o uso do furoshiki diminuiu por conta da popularidade dos plásticos e embalagens artificiais. Contudo, em 2006, o Ministro japonês do Meio Ambiente, Yuriko Koike, lançou uma campanha para promover o uso do origami de pano, outro apelido do furoshiki. O motivo é simples - seu uso é ecológico, evita o despercídio de sacolinhas plásticas.
Comprei a idéia e repasso. Qualquer toalha de mesa, guardanapo ou pedacinho estampado de chita, até mesmo uma canga de praia pode ser facilmente transformada em bolsa ou embrulhar um presente de forma especial.
Fica o convite ao leitor para que conheça as formas, da mais simples até a mais elegante, de amarrar o furoshiki no vídeo abaixo.
Postado por Sonia Regina Rocha Rodrigues
Em
3/5/2015 às 15h53
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